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  • Foto do escritorReliane de Carvalho

Mãe sinónimo de força. Possui memórias de amor ou de dor nesta relação?

Há um coração que pulsa, há uma energia que abriga, há um corpo que nos protege e aquece, há uma mensagem de amor, mesmo quando não sabemos o que é vida. E esta ligação começa logo após a conceção, é o amor de mãe, que permitiu que viéssemos a vida e que desde daquele momento, tornou-se indivisível...

Só aqui estamos porquê uma vida nos abrigou e decidiu pela nossa vida, pelo nosso nascimento, no entanto, não há força maior do que a força que provém dos nossos pais, que decidiram pela nossa vida, pelo nosso nascimento. E especial a nossa mãe que emprestou o seu corpo e a sua vida para que ganhássemos vida... E pensar nisso, sentir isso, abre a nossa consciência para a reflexão: _ será que não é motivo de eterna gratidão? Será que não temos que nos curvar frente a esta guerreira mulher que decidiu que aqui viéssemos?

E neste sentindo, não importa como são ou foram os comportamentos da nossa mãe, se é e foi bondosa, se é e foi assertiva, se é e foi carinhosa, o que realmente importa, é que simplesmente pelo fato dela ter nos trazido a vida temos que nos curvar diante desta vida, de nossa mãe, dizer sim, honrar, agradecer, até os nossos últimos dias de vida. E assim, quando assim fazemos, quando dizemos sim a mãe que temos, do jeito que ela é, vamos ganhando força, força emocional, força espiritual. Porquê a nossa energia foi criada e ganhou força de expansão a partir desta energia que um dia nos abrigou dentro do seu SER e que nos estendeu a mão para que pudéssemos caminhar pelo solo da existência, independente como foi o percurso desta caminhada. E isso compreender, é aceitar que não somos seres perfeitos, que não há perfeição na terra, que os nossos pais não são perfeitos, que a nossa mãe não é perfeita, mas é bela em sua essência, porquê foi sua melhor versão que a preparou para a conceção, porquê se não fosse esta decisão, aqui não estaríamos nesta grande escola, que é a existência humana.


Muitos de nós, quando olham para este SER, só tem coisas para agradecer, porquê receberam muito amor, cuidado, proteção e atenção. Outros, talvez não tiveram a mesma sorte, sua genitora diante de suas circunstâncias de vida talvez não puderam dar aquilo que precisavam e diante o que passavam, acabaram por inconscientemente criar feridas emocionais. Mas se olharmos para estas mulheres, sem julgamentos, sem responsabilização e com a mente consciente, vamos perceber que cada uma delas são seres em crescimento, em evolução, e que na existência humana sermos menos assertivo nem sempre possui a intenção de mal fazer. E que talvez o que tiveram por trás foi a inabilidade de fazer diferente diante das emoções que possuíam naquele momento que a ação aconteceu, e que talvez marcou e em memória ficou, num registo de dor.


Amar é aceitar, é aceitar o outro como o outro é, é reconhecer tudo o que o outro nos trouxe, mesmo que meio a todas as coisas boas também tiveram algumas menos boas, neste processo dual relacional. E neste sentindo, quando dizemos sim a nossa mãe como elas são, quando dizemos sim a nossa mãe pela vida que ela nos trouxe, quando dizemos sim a nossa mãe porquê compreendemos que elas são consciência em expansão, em transformação, quando a honramos, quando a agradecemos, quando sentimos a força que dela provém, inevitavelmente ganhamos força. Porquê ela é o símbolo da vida, sem ela não haveria a nossa vida, portanto, independente do que no passado ocorreu, ainda assim, temos que agradecê-la por tudo o que temos, tudo o que somos, e por aqui estarmos, o que nada seria possível se ela mãe não tivesse nos dado a vida. Portanto, independente das feridas emocionais, e eu como terapeuta respeito as feridas de cada um, é necessário que nos conscientizemos de que a nossa vida só existe porquê este SER chamado MÃE existe, e assim, partindo deste pressuposto, convido-o (a) ao perdão, se houver nesta memória de relação algum ponto de dor e sensação de menos amor.

Nem sempre a intenção de uma mãe é mal fazer, por vezes quando agem e não foram como seus filhos gostariam que fosse é porquê naquele momento com o seu estágio de consciência não conseguiu fazer diferente. E geralmente assim agiu porquê repetiu algum padrão comportamental da sua ancestralidade, repetiu inconscientemente o que a sua mãe fez (avó), que geralmente é uma repetição de toda uma árvore genealógica que segue a repetir comportamentos sem saber o quanto podem trazer dor a quem recebe. E fazem sem nem perceberam, porquê estão sob a influência de algo invisível, que é o que está no subconsciente, ou regido pela consciência familiar, desprovido de uma visão consciente do porquê daquela ação.



Neste sentido, todos os dias são dias das mães, todos os dias são dias de honrar a mãe que temos, todos os dias são dias de agradecermos a vida a este “SER” que nos deu a vida. E se assim agimos, vamos ganhando força gradativamente, porquê não há força maior do que reconhecer a dimensão deste “SER” que abrigou a nossa vida e trouxe-nos vida. Quando este reconhecimento vem, há uma força maior que pulsa dentro de nós, talvez seja a sensação de proteção e de empoderamento que sentíamos quando dentro do ventre materno estávamos, sabíamos no íntimo da nossa alma que ali estava a melhor morada que podemos ter, um ventre de proteção, para longe estarmos dos perigos do mundo, que por outro lado servem para enriquecer o nosso mundo...

Sejamos a gratidão! Honremos e agradecemos sempre a nossa mãe.... Eis é a força infinita que nos interliga com a nossa força interior!

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